MAESTRO JOAQUIM PEREIRA
Lourdinha Luna
Uma propositura do Vereador Pedro Coutinho, que resultou em Lei, dava a um
Educandário da capital paraibana o nome do Maestro Joaquim Pereira. Um currículo
opulento, como músico e compositor, respaldava-o para a homenagem. Porém,
passados os anos o governo municipal pessoense ainda não se dignou de colocar,
num próprio da edilidade, a denominação do filho de Caiçara, que aguarda ansiosa
pela distinção ao seu dileto representante, na área cultural.
Criança ainda,
residindo na cidade, situada às margens do Curimataú, que banha o município de
Caiçara, encravado na Microrregião Agreste do Estado da Paraíba, por certo,
veio-lhe da ondulação sonora do rio, o ritmo e a inspiração, para os sons que se
transformavam em melodias ao sairem de sua flauta ou do clarinete
Foge ao
exagero dizer-se que, Joaquim Pereira, fora um gênio, pois não se tem noticia de
garoto de 19 anos regendo uma Orquestra de expoentes vocacionais, como a Banda
de Música da Policia Militar da Paraíba, em todos os tempos.
Pouco se demorou
na PM e fora cedido pelo Interventor Gratuliano de Brito ao 22º Batalhão de
Caçadores (15º RI), a pedido do cel Otto Feio, arrebatado pelo seu
perfeccionismo musical. Alguns anos na frente, viu-se convocado pela Academia
Militar de Agulhas Negras, para servir no Rio de Janeiro, desde que, compunha o
quadro de oficiais do Exercito Brasileiro.
Num meio maior dedicou-se às
composições harmoniosas as quais imprimiu a perfeição concebida pelo modelo por
ele determinado. Ao tocar ou reger a marcha militar – Os Flagelados -, inspirado
na seca de 1932, o dobrado emocionava até os sem alma sensível.
Por onde
andou seu roteiro é pontilhado de veneração e respeito, por sua carreira e sua
obra. Com o direito à reforma, descartou todas as ofertas, e voltou à Paraíba.
Aqui se irmanou a outros de seu nível, como o Maestro José Siqueira para fundar
a Orquestra Sinfônica da Paraíba, que infundiu nos paraibanos o gosto pela
música clássica. Caiçara é torrão de políticos, executivos e artistas, contudo,a
gloria maior fica com o Maestro Joaquim Pereira por sua
universalidade.
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Lourdinha
Luna integra a Academia de Letras de Areia -PB
Extraido do Jornal Correio da Paraíba